Escrever por escrever
é como escrever sem escrever,
pois escrever não é simplesmente crer,
nem ver
e muito menos jogar palavras por aê.
Vem de lá do fundo do ser
aquilo que te faz escrever pra escrever.
Gostar de rimar "o que?" e "por quê"?
é só um outro detalhe.
O preço
Palito de fósforo aceso?
Foi preciso um tanto de pólvora
e quando o barulho da explosão me despertou,
já estava diante do estrago
A, B,"C"
Duvidava do "c" de certo da professora
porque o "c" de certo da professora
poderia ser qualquer outra coisa
poderia ser "c" de caixão
poderia ser "c" de cocô
E sabe? Eu já quis que fosse "c" de coração,
até que um dia tropecei num "c" de corno.
é osso essa vida!
é um "c" de caroço.
é osso essa vida!
é um "c" de caroço.
Recompença
Isso:
transformar folhas retangulares
em barquinhos de papel.
Ou mais:
mais que isso.
Seus versos sempre são uma delícia de ler.
ResponderExcluirLeio e releio sem pressa.. parece que eles me levam. Sem contar que a disposição deles, a maneira como brinca com as palavras... tudo é muito bom.
Sou sua fã.
Beijos.
Oi Elisa!
ResponderExcluirGostei principalmente do primeiro poema. Falou tudo nele, e o final foi muito bom.
Bjuss
A forma com que brincas com as palavras é fantástica. Elas são completas marionetas... Lindas. Incompreendidas mas fantásticas desse jeito!
ResponderExcluirSempre gosto de aqui vir :) ♥