Enquanto o sono não surra,
eu perambulo pelas serras
que eternizaram um momento.
-se é que um dia antes do abismo
houve um bonito sentimento...-
Eternizar-se-ão, então, as surras,
para que a cura seja ainda mais
ternura.
Cicatrizar-se-ão, então, as fissuras
- por que haveria de permanecer
tamanha amargura? -
Enquanto o sono não surra,
surro meu pranto com usura,
cobrando caro da cura.
Enquanto sono, pelejo
No sonho, ardor e desejo
Na vida, sarro, armadura,
enquanto saro da surra
segunda-feira, 8 de abril de 2013
domingo, 20 de janeiro de 2013
"Lágrimas de fênix têm poder curativo"
Um dia a fala dedurou o ego
e agonizou qualquer satisfação.
E desmanchou a rosa do sossego.
Corou a face inquieta de exaustão.
E lastimou-se o olho que antes cego
não via a rachadura na parede.
O olho se entregou a um choro inédito.
E a exaustão matou-se numa rede.
domingo, 6 de janeiro de 2013
Jogo de encher e despir
Um dia a espera me enchia.
e de tanto que enche me chateia.
e de chato se meche com urgência.
Um dia a espera me despia.
e de nua calada ela permeia
para o sangue, sobre essas fracas veias
pra fazer parte de uma nova parte
minha
que parte,
mas não quer partir.
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Um dia dia a falta me enchia
e de tanto que enche me chateia
e de chato se meche com urgência.
Um dia a falta me despia.
e...
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Mas um dia a felicidade me enchia.
e era mais folia.
quão diferente poesia,
que de quatro versos (e esse livre) basta.
Mas um dia a felicidade me enchia.
e era mais folia.
quão diferente poesia,
que de quatro versos (e esse livre) basta.
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