Caiu na minha mão
tão de repente
- e aí, quantas cores serão? -
Estava aqui, toquei sua mão.
e aí cai na sua.
Arribou a sobrancelha
- marcas de expressão-
e, sem palavras,
disse algo bem distante de
não.
Não sei se era ao menos
um talvez,
mas talvez fosse algum
melhor de três.
E continuei não sabendo
e falando, falando
da minha vida insensata,
da minha poesia barata,
dos meus caleidoscópios
-impressões-
e até te cantei erudições.
No final
- nada hercúleo, afinal-
você, da minha mão,
caiu na minha.