Por que diabos tenho que dar um toque meio que poético nas minhas postagens, mesmo quando não quero escrever poesia? Malditas figuras de linguagens, por que vocês não largam um pouco do meu pé? Estou cansada de abusar da hipérbole ao se tratar de dor, nas perífrases do que é o amor. Facilidade com palavras? HA HA HA, tenho não. São essas figuras que me perseguem, com a mania de, repentinamente, tornar complexo tudo aquilo que deveria ser simples aos olhos dos outros. Mas não, eu tenho que complicar, tenho que transformar meus sentimentos em códigos, para que nem todos entendam, recheando-os para aqueles que gostam de saboreá-los. E seria esse o segredo do poeta? Caprichar no recheio, mesmo que não se saiba ao certo o que se rechear?
Pois bem, meus caros, o recheio de não sei o que está pronto. Mas recheio por si só não enche a barriga. Alguém poderia me dar ao menos um pãozinho partido ao meio?